Carta Inesperada À Solidão (!)

O triste arrepio que sentimos quando estamos sozinhos, isolados na nossa própria mente é tão doloroso como quando nos passam uma rasteira e caímos de cara no chão sem nada macio para suportar a nossa queda.

Para mim a solidão é isso, uma queda, para lugar nenhum.

Não há definição para muita coisa, mas para a solidão há, é o sentimento que perdura nos pobres de alma, ou então é o sentimento que rouba a alma aos puros e inocentes, também pode ser apenas o sentimento que nos faz sentir uns falhados, um monte de ossos a ocupar uma área superior ao nosso tamanho.

A definição da minha solidão é, e pode ser referido como um facto: “Não quero viver, tenho medo porque aquilo que vi da vida assustou-me. Sou, aos olhos de muita gente uma peça de vidro frágil e usada muitas vezes como pisa papéis para os problemas de outros.”

A definição é grande, eu sei. Mas não tem menos valor que qualquer outra, nem mesmo porque fui eu a escrever, ninguém deve ser menosprezado só porque vê as coisas de maneira diferente, ou porque não entende as coisas á primeira. Podemos ser prefeitos com as nossas imperfeições, mesmo que isso signifique ficar sozinhos e termos que lidar com as várias definições de solidão.

Este texto podia ser uma carta revolucionária, ou um incentivo a combater a solidão, mas não é. Quero que seja exactamente o contrário, quero que seja um incentivo a embelezar a definição de solidão que há em vocês, quero que sintam que contam. Não importa o quão diferente sejam. Apenas agradeçam á vossa solidão, porque nos dias maus das nossas vidas é a única coisa que tem. 

"Somos fortes, mesmo que estejamos sozinhos. E sabem porque? Porque nos temos a nós próprios." 

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