2014
Hoje faz dois dias que fiz anos e
mais de duas semanas que estamos em 2014, mas nada está diferente, sinto a
mesma alma cansada de sonhar, a mesma pouca vontade de lutar por algo que sei
nunca ter. Gostava de acreditar que o novo ano significa esperança, como se o ano
fosse um caderno em branco, dando a falsa esperança de que podemos começar de
novo outra vez, sei bem que não é verdade.
Todas as vezes que tentei ignorar o
meu passado ele vem em meu alcance e lembra-me de tudo aquilo que fiz, não há
maneira de apagar o que está lá e o que já foi feito. O meu passado não pode
ser ignorado, nunca fiz nada de bom para ter a alegria de apagar certas coisas
que fiz.
Há pessoas e lembranças demasiado vividas ainda, só
consigo superar certas coisas porque a dor, para a raiva e para a dormência
achou espaço dentro de mim. Acima de tudo acho que o meu passado arranjou
espaço para viver cá dentro. É como se os sentimentos tivessem lutado entre eles
e no fim nenhum tivesse ganho e a assim tiveram que aprender a viver uns com os
outros como uma grande e disfuncional família.
Não há maneira de separar uma pessoa do seu
passado porque é dessas lembranças que a pessoa é feita é dali que nasce as
qualidades e as falhar do ser humano, apesar de doer, isso é sinal de que és
humano, que não estás perdido ao ponto de nada sentires.
A verdade é que passou mais um ano e ainda não sei
lidar com aquilo que sou, um ano novo não é uma vida novo é apenas mais um ano
na tua vida, não paginas em branco, ou um livro novo onde podes começar outra
vez.
É o mesmo livro, a única coisa que mudou foi o capitulo.
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Isto é como no Face é só meter GOSTO (!) :b